quarta-feira, 20 de abril de 2011

Bebés

O Pequeno quer mais um bebé na família (para mim já chega, já fiz o meu papel no mundo em termos de contributo para a natalidade). Esta semana estávamos com a A., que tem 3 meses e é filha da minha prima, e a miúda não paráva de sorrir para o pequeno. Ele estava encantado e queria, decididamente, ficar com ela. Não percebia porque a A. não podia ser a mana dele. Tentei explicar-lhe que a A. era filha da L. e do P., e que ela veio da barriga da L., não da minha, por isso não podia ser mana dele. Ele diz-me o seguinte:
"Oh mãe, como tu estás com uma barriga um bocadinho gorda, podias dizer ao médico para pôr aí uma pessoa".

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sósia

A professora do Pequeno arranjou uns bichinhos da seda para substituir o porquinho da índia (aquele que morreu na minha casa, lembram-se? que mau). Explicou como faziam os casulos com fios de seda, para se tornarem borboletas. Além disso estiveram a ver um filme do processo de fabrico dos tecidos e de tecelagem. No filme aparecem umas operárias de fabrico e naquele momento um dos colegas diz que aquela senhora parece a mãe do E. (Pequeno). A professora explica que aquilo é um filme tirado da internet e que aquela senhora não é a mãe do E.. O Pequeno vira-se para a professora e diz "é a minha mãe", a professora responde "a tua mãe trabalha num escritório, não trabalha numa fábrica" e ele insiste " é a minha mãe, claro que é a minha mãe". A professora não insiste mais, não valia a pena. Mas por que raio não me confundem com a Angelina Jolie?!, não percebo ....

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma história sem final feliz





Às 11 horas da noite do dia 4 de Fevereiro de 2011, vão duas miúdas de 22 e 23 anos num carro a caminho de Pombal e são abalroadas por um Mercedes CLK, desgovernado, que vai direitinho a elas. Eram 11 horas e 30 minutos a minha irmã recebe uma chamada de uma pessoa que passou no acidente e conhecia a minha irmã e o meu cunhado...

- sabes de alguma coisa?
- sei o quê?
- a tua filha não ía num Polo preto a caminho de Pombal?
- sim. Saíu daqui há uma hora.
- ela teve um acidente.

Imediatamente, ligaram para ela e nada, ligaram para amiga e nada. Desespero. Foram para os bombeiros para que eles contactassem com a corporação da zona e soubessem notícias. Tudo se confirmou eram elas. A Inês foi a primeira a ser desencarcerada e foi no INEM para o hospital. A A. foi a segunda a ser desencarcerada e também seguiu para o hospital, felizmente só com uma perna muito partida e o psicológico ainda pior. O condutor do outro carro com ferimentos menos graves foi o último a seguir para o hospital. A minha irmã, o meu cunhado, as minhas 2 sobrinhas e o namorado da Inês, seguiram para o hospital de Leiria, onde aguardaram notícias. Ela entrou com um traumatismo craniano grave, costelas partidas, pernas partidas, nariz e maxilar partido. As notícias eram cada vez piores. Até que chamaram os familiares dela e a pior notícia das nossas vidas chegou. A Inês não resistiu aos ferimentos. Eram 3 horas e 27 minutos.


Às 3 horas e 30 minutos, recebo uma chamada e ouço uma vez desesperada:
"A Inês teve uma acidente e morreu."

Nunca mais na minha vida vou esquecer aquela frase.
Já vos tinha falado da Inês e de todas as qualidades de uma rapariga, que teria feito 24 anos no dia 26 de Março, mas nunca vos tinha explicado as circunstâncias em que a perdemos.

Todos os dias choramos a morte da Inês.
Todos os dias sentimos a sua falta.
Todos os dias damos mais valor à vida.

Um conselho amigo: se beberem não conduzam, podem fazer quem algúem perca alguém e isso custa muito.

Ladrões

Na passada 6ª feira fui a casa do meu irmão com o Pequeno. Não estava ninguém.

Pequeno: a porta está fechada.
Eu: se eles não estão cá, a porta tem de estar fechada, senão vêm cá os ladrões. Pequeno: os senhores maus?
Eu: sim. Uma vez vieram cá uns ladrões e assaltaram a casa, por isso eles têm de fechar muito bem a casa.
Pequeno: e o que levaram?
Eu: jóias (para não dizer ouro).
Pequeno: para quê?
Eu: para venderem e ganharem dinheiro.
Pequeno: ganhar dinheiro não é mau.
Eu: é mau se as coisas não forem nossas.

De volta para casa, o Pequeno tirou uma cana do chão e eu disse-lhe:
- olha que o dono das canas está ali à frente e está a ver.
Ele respondeu: roubar canas não é mau e eu também não vou vendê-las.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cuecas

No Carnaval, fui passar 3 dias à Serra da Estrela. Como habitualmente, a minha elaboração da minha mala e a dos miúdos fica por minha conta. A do Grande ele é que a faz, naturalmente. Apesar de eu fazer 3 malas, a do Grande é sempre a última a ficar pronta. Desta vez, como eram poucos dias, partilhamos a mesma mala, pelo que a minha malinha da roupa interior, cremes, desodorizante, perfume e produtos de higiene, ficou de lado para que quando ele fechasse a mala, a lá colocasse. Já estávamos em Seia, quando, por acaso, me lembrei da malinha e lhe perguntei se ele a tinha posto na mala, ao que ele responde "qual malinha". Estava tudo dito! Eu tinha ido de férias e não tinha cuecas, para não falar das outras coisas. Lindo! Fomos a Gouveia e lá fui eu direitinha à primeira loja de roupa interior. Pedi à senhora que me mostrasse cuecas. Ela mostrou e eu imediatamente, fiquei de boca aberta, com o tamanho do cuecão que a mulher me mostrou. Eu digo-lhe "não tem nada mais pequeno?", ela responde "sim, claro que tenho" e mostra-me mais, mais e mais cuecas enormes. Bem, que horror!! Entretanto entra uma cliente que ao ver a minha cara, diz-me em surdina "vá à loja X, ao lado do café Y, que têm cuecas mais pequenas". Eu agradeci e lá fui eu. Que fixe, a loja tinha coisas muito giras, apetecia trazer tudo. Boa dica. O resto dos produtos, lá me orientei no supermercado e com umas amostras de perfume que guardo sempre na mala. Um conselho, não partlhem a mala com os maridos, senão arriscam-se a estas aventuras.

Depuralina

Não há nada mais parvo que os anúncios de rádio da Depuralina. Até metem nervos. Que falta de imaginação, de gosto, de texto, olhem falta de tudo ... detesto.

Coisas do Pequeno

Íamos no carro e à boleia estava um tropa, com a sua farda vestida.

-Pequeno: Olha mãe, um homem da selva!


Fomos jantar a casa da minha sogra e ela fez massinhas espirais tricolores, que o Pequeno adora. Chamamo-lo para jantar, ele não queria, porque estava a brincar.

-Avó: fiz massinhas às cores. Estive a pintá-las de propósito.

-Pequeno: fixe. Avó, não pintaste todas, ainda estão aqui umas brancas.

Passadas umas horas, já no café, a máquina do tabaco tinha uma foto à frente com uma série de latas de tinta a escorrer.

-Pequeno: Se calhar a avó pintou as massinhas com estas tintas!


À noite uns amigos vinham jantar a minha casa. A N., o M. (amiguinho), o C. e a Isabelinha.

-Pequeno: A N., o M., o C. e a ... como é que se chama?, ah, já sei a Sininho, nunca mais vêm?