Boas notícias

Em Julho do ano passado foi diagnosticado ao T. uma doença crónica causada por um défice no sistema imunitário. O prognóstico era do pior, uma vez que a doença não tem cura ( a única possibilidade era se as coisas piorassem muito, fazer um transplante de medula com todos os riscos que acarreta e partindo do príncipio que se arranjava dador compatível), e esta doença traduz-se num sem número de infecções da pior espécie que podem ocorrer, mazelas que vai deixando, etc. Iniciámos logo uma profilaxia com um antibiótico e um anti-fúngico que iam ajudar o organismo a defender-se melhor dos bicharocos que fossem aparecendo e que segundo os médicos teria de fazer durante a vida toda. Entretanto iniciámos o estudo genético para determinar o gene que tinha a deficiência, um processo moroso até porque tinha de ser feito no estrangeiro. Há alguns meses atrás chegou o resultado e era .. inconclusivo! Os médicos que seguem o T. decidiram que se iria repetir porque naturalmente devia ter havido algum factor laboratorial que alterou resultados. Nessa altura eu perguntei, com uma ténue expectativa se haveria alguma possibilidade dele não ter esta doença, ao que eles me responderam que não, a doença estava determinada só faltava determinar qual o gene causador. Colhemos mais sangue que foi em direcção a Paris, e finalmente há 2 semanas atrás eu recebi um telefonema do médico a informar-me que já tinha o resultado do estudo e revelava que o T. afinal não tinha a DGC! Foram óptimas notícias ensombradas no entanto pela possibilidade de ser outra doença igualmente rara no sistema imunitário para a qual fomos fazer o despiste na semana passada. Ontem o médico voltou a ligar-me a dar-me o resultado, também este negativo. Parámos imediátamente a profilaxia que ele já fazia há um ano. Agora aguardo expectante a próxima consulta na semana que vem, porque apesar do alívio enorme que sinto por agora, não posso descartar os sintomas que o levaram a todo este processo...