sexta-feira, 5 de junho de 2009

Às vezes...

fico com as palavras presas na garganta. Às vezes digo aquilo que não quero. Tantas vezes que quero dizer, mas não sai. Às vezes o meu corpo quer fazer um gesto mas o meu cérebro impede-o. Retraio-me. Porquê? Não sei. Ou sei. Por vezes recalcamos sentimentos durante tanto tempo que depois eles não querem voltar a ser demonstrados. Mas existem!
Às vezes sinto-me amarga, fria. Mas não sou. Por vezes precipito-me a fazer falsos juízos. Tiro conclusões precipitadas. Mantenho distância e pergunto-me porquê. Pergunto-me quando é que fiquei assim, que acontecimentos importantes ou com tão pouca importância me transformaram em quem sou hoje. Onde é que ficou aquela personalidade forte que eu tinha aos 17 anos? Onde é que ficaram os sonhos, as expectativas, o modo de vida? Porque é que me estou a tornar naquilo que nunca ousei pensar vir a ser? Desde quando é que determinadas coisas deixaram de ser importantes para mim? E desde quando é que passei a dar tanta importância a coisas tão triviais?
Não sei...

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