quarta-feira, 28 de outubro de 2009

E os louros vão para...

Há duas noites atrás - 2ª feira, andáva eu na minha labuta nocturna e ouvi o senhor meu marido na cozinha enquanto jantava a perguntar a um dos filhos se a sopa estava boa, e se ele sabia quem é que a tinha feito. Quando ouvi isto fiz marcha atrás, plantei-me atrás da porta para o ouvir dizer que tinha sido o pai. AH! AH! AH!

Ora bem, recuando no tempo e se bem me lembro fui eu que ao chegar a casa depois do trabalho tive a preocupação de ir descascar, lavar e pôr a cozer os legumes para a dita sopa. E porquê? Porque a seguir tinha reunião de atendimento da professora do T. onde estive 2 horas. E porque estas coisas normalmente me cabem a mim.

Portanto a parte II da confecção da sopa coube de facto à outra parte conjugal mas não integralmente!

Por isso fiquei indignada. Lá que o gajo traga mais dinheiro para casa do que eu, tudo bem; Que tenha alguns dias de trabalho mais exaustivos do que os meus, ainda vá! Que não perceba nada de lavar roupa (é porque não quer). Agora ficar com os louros do fabrico da sopa lá de casa, àh isso é que não. Era o que faltava!!!

E isto vem provar o quê? Que os homens passam completamente ao lado das tarefas domésticas ( se puderem claro ) e quando fazem qualquer coisa sentem necessidade de se vangloriar por isso. Olhem se nós mulheres nos fossemos gabar das 99% das vezes que temos de nos fazer à cozinha!

P.S. Peço abstenção de comentários conjugais!


9 comentários:

O Grande da Travessa disse...

Lá teria que ser! Mais tarde ou mais cedo, tinha que vir aqui ao estminé fazer um comentário. Já sou freguês desde que abriram portas mas apenas como os fregueses que vão ás lojas só para cuscar e não para comprar alguma coisa. Não resisto, mesmo que isso vá contra a solicitação do Post-Scriptum.
Isto só para dizer que do outro lado da estrada vive um agregado em que ele trata da cozinha - à excepção das sopas e bolos - e ela é sofre da bola, e em especial pelo Benfica como comprova o post que sucede a este. Já várias vezes lhe disse que sentia que vivia com um camionista. Mas talvez não! Os camionistas não são boas mães, nem trazem ao mundo tesouros que nos aproximam cada vez mais e que nos fazem sentir o centro do mundo e simultaneamente, felizmente secundarizados por aquelas pequenas criaturas que no final de um dia de merda, fazem-nos sentir que valeu a pena.
Agora baixinho para ninguém ouvir, ...no resto das tarefas domésticas sou um autentico ribatejano de gema!
Uma coisa é verdade, quem ler este este post, seja homem ou mulher, vai rever-se nele mesmo que em situações diferentes.
PS: Aviso já que no final do dia não estarei em casa, por isso não vale a pena trazeres o taco de Basebol.

Avessa disse...

Muito agradecida por vir comentar aqui ao meu humilde estaminé. Estimamos muito os nossos clientes. O P.S. por acaso estava subtilmente direccionado ao meu parceiro lá de casa. Temo porém que logo à noite vá sofrer represálias. Um bem haja.

Nuno Ribeiro disse...

Pois... foi-me tirado o direito à palavra, mas tenho que dizer... ATÉ PARECE QUE UM GAJO NA FAZ MESMO NADA...POR VEZES TEM DE SER MANDADO, MAS É PRECISO HAVER QUEM SAIBA MANDAR...

patricia disse...

Olha eu a meter a colher. Foi preciso escrever um post a falar nas tarefas domesticas, q eles vieram logo os 2 a correr para se defenderem. EHEHEEHHE
Beijos grandes aos 4

Avessa disse...

Talvez mandar com um rolo da massa na mão resulte melhor!

O Grande da Travessa disse...

O "Rolo" não é para aqui chamado! ehehehehe. Aqui em casa como estamos muito americanizados normalmente o "carinho" é dado à base de taco de basebol. Faz mais mosso e não deixa vestígios.

patricia disse...

Mau, Mau q isto já está a ir para os lados da agressão fisica com instrumentos de culinaria.
Deixem lá isso da agressão fisica e fiquem-se pela agressão verbal, OK?

Travessa disse...

Sabes Patrícia, tu és a única que tem o privilégio de teres o "Rolo" na mão, na cama, na cozinha, na casa de banho, na horta,...

patricia disse...

ahahahahah
Afinal é tudo inveja?