terça-feira, 13 de outubro de 2009

Boa notícia

O Grande vai, finalmente, ser operado no Hospital de Santa Maria, na próxima 6ªf à tarde.
Não tem cama, vai dormir no corredor, mas nós como bons portugueses que somos, ficamos satisfeitos na mesma. Após vários meses de espera e sofrimento, o que interessa é ele ser operado. Faz a recuperação em casa e pelo menos ainda foi antes da Pequena nascer, o que me deixa muito mais descansada.

Esta boa notícia até me fez esquecer o fim-de-semana de merda que tive e os maus momentos por que tenho passado ultimamente, que me obrigam a fazer e a pensar tantas coisas ao mesmo tempo que me levam à exaustão física e psicológica ...
... as simples compras do supermercado,
... tudo o que tem a ver com a vidinha do meu Pequeno (horários, banhos, birras, fugas no Centro Comercial, como aconteceu no Sábado e eu fiquei aterrorizada),
... a preparação da vinda da Pequena,
... obras em casa (numa péssima altura),
... até arrumar lenha (com uma barriga enorme),
... arrumar minimamente a casa, as roupas do pessoal da casa,
... trabalhar diáriamente no meu emprego (espero que seja até ao fim da gravidez),
... as poucas ajudas internas e externas a casa (porque a verdade é só uma, cada um tem a sua vida, não podem viver as desgraças dos outros),
... o medo de ficar sozinha na maternidade,
... a falta de paciência para outras coisas que não a rotina do dia (pois não posso permitir que fique alguma coisa por fazer) ...., entre outras...
Tou cansada, farta, cheia e no limite .... eu só quero calma e mimo nesta fase da minha vida. Todos me exigem tudo e ainda aconselham calma. Preciso de pensar em mim e na minha Pequena, tenho medo que lhe aconteça alguma coisa pela minha falta de cuidado nesta fase da gravidez.
Por isso ser tão importante que o Grande volte à normalidade, sem dores para ele e para o resto da família que acaba por sentí-las todas na pele.

2 comentários:

Dorushka disse...

(In)felizmente é-nos "exigido", a nós mulheres, que aguentemos tudo com força e "cara alegre que para a frente é que é caminho", mas isso nem sempre é possível... por vezes também nos sentimos cansadas e sem forças, também precisamos que cuidem de nós tal como cuidamos dos outros, e, se os outros não o conseguem discernir, há que dizê-lo frontalmente. Mas com toda a certeza, o seu marido há-de compensá-la por todos estes maus momentos pelos quais, involuntariamente, a faz passar.
Boa sorte para a operação e também para o resto da gravidez.

Travessa disse...

Muito obrigado pelo comentário. Mesmo não me conhecendo, as suas palavras ajudaram-me e deram-me força.