segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pequena

Ainda não falei aqui da minha Pequena. O tempo entre a mama e as fraldas não é muito.
No fim-de-semana de 14 e 15 de Novembro, fomos os 3 passar uns belos (2 dias) à Nazaré. O Grande mal saiu de casa, mas eu e o Pequeno, andamos e desandamos. Eu já com 39 semanas de gravidez, pensei que tinha de aproveitar aqueles dias para gozar bem o meu Pequeno, antes que a cegonha chegasse com a Pequena. Foram 2 dias cheios de brincadeira, muito bem preenchidos.
No Domingo à noite, no regresso a casa, depois de carregar as malas à chuva e correr para não nos molharmos, comecei a ter umas dorzinhas, daquelas que vêm dos rins. Cheguei a casa e elas não paravam. Pensei, vou já fazer a mala do Pequeno, que ia ficar em casa da minha irmã nos dias de internamento. As dores continuaram, com intervalos cada vez menores. Fui deitar o Pequeno a pensar que se descansasse as dores paravam. Enquanto lhe lia a história, senti uma contracção mais forte e bás!, rebentaram as águas. Estava lida a sentença - hospital Bissaya Barreto, a Pequena estava a chegar.
Coitadito do meu Pequeno, ficou um pouco assustado com aquilo tudo, durante a noite, perguntou ao pai se a mana já tinha nascido, umas 10 vezes.
Como o Grande não podia conduzir, quem me levou ao hospital foi o meu irmão. Com medo que a miúda nascesse pelo caminho foi a voar.
Quando lá cheguei, fui vista pelo médico, que me disse que estava muito atrasado, só lá pela manhã é que poderia haver novidades. Enquanto isso, as dores iam aumentando, sem que eu dilatasse, nada que se visse. Por volta das 3 horas da manhã, já eu implorava pela invenção do século - a epidural. Ok, lá levei a epidural, e fiquei muitoooo melhor. Por já ter tido o Pequeno de cesariana, pelo motivo de não dilatar, e perante a pouca evolução da dilatação, os médicos, decidiram fazer cesariana, já depois do almoço. Estava passada e farta daquilo. A Pequena nasceu às 15.35h.
Quando a vi, um pouco roxa, achei-a muito parecida com o irmão. Também ela se calou com a minha voz. Linda, com um cabelo de fazer inveja a qualquer careca. Já dava para pôr molinhas. Pesava 3.520 Kgs.
Além de parecida com o irmão, fisicamente, é muito calminha e dorme muito bem. Só chora quando tem fome. É um amor de bebé.
Pensei, ser difícil amar mais alguém como amo o Pequeno, mas a experiência de um segundo filho, faz-nos ver que no nosso coração cabem todos.


Centro de Saúde

No quinto dia de vida da minha Pequena, fui ao Centro de Saúde fazer o chamado Teste do Pézinho. Por coincidência, foi o dia de aniversário do Grande e ficamos o dia todos juntos, ou seja, nem o Pequeno foi à escola. Então lá fomos nós, em família, ao Centro de Saúde. Assim que entramos na sala onde atendem as crianças, o Pequeno pôs os olhinhos em cima de um dinossauro que lá estava, já a pensar levá-lo para casa. Como aquilo de furar o pé de um bebé recém-nascido impressiona qualquer um, a enfermeira, pediu ao pai que saísse e levasse o Pequeno para ele não ver. Claro que o Pequeno só aceitou sair se levasse o dito dinossauro. Tudo bem, desde que depois o devolvesse. Lá foram eles espairecer. Enquanto isso, a Pequena fez o teste e a mim mudaram-me o penso da cesariana, que é feito noutra sala de tratamento. O Grande e o Pequeno, quando vêm, vão à minha procura e principalmente à procura da enfermeira para devolver o dinossauro. Quando chegam à sala de tratamento, batem à porta, ninguém responde. Perante isto, ele pergunta a um simpático senhor, se está lá alguém, o sr. responde, com o feitio à português, habitual cliente dos centros de saúde:
- Não está ninguém e mesmo se estivesse eu e estas duas pessoas atrás de mim, estão à sua frente.
O Grande responde:
- O sr. também está para entregar dinossauros?

Eu não conseguia parar de tanto rir (com a costura da cesariana não foi fácil).

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

E ainda outra coisinha...

Desta vez sobre a professora de Inglês do T.
Então não é que esta senhora teima em gratificar os miúdos pelo bom comportamento com uma carimbadela de uma cara verde sorridente, sabem onde? Precisamente na ponta do nariz.
Ai que fofinho, diriam alguns.
No primeiro dia ainda teve a sua graça, mas com a continuação perdeu-a completamente. Porque se pensam que é fácil fazer desaparecer aquela tinta verde do nariz estão muito enganados. Mesmo a esfregar até deixar o nariz quase esfolado. Nem com álcool!
Espero que ele se continue a portar bem senão é capaz de ser presenteado com um carimbo a vermelho na ponta do nariz a dizer " CENSURADO ".
Esta senhora não deve ter filhos, ou então não é ela que lhes dá banho.

Pai Natal

Um dia desta semana o T. chegou a casa e disse-me frontalmente que o Pai Natal não existe e são os pais que inventam essas mentiras às crianças. Fiquei um bocado a bater mal ( não que a notícia para mim fosse novidade) mas porque é que alguém tinha apagado assim tão bruscamente uma fantasia tão doce a uma criança? Perguntei-lhe quem é que lhe tinha contado semelhante barbaridade e ele respondeu-me que tinha sido a sua professora. Ora quem sou eu para contrariar a palavra de uma professora, principalmente a do meu filho e lá tive de me render e dizer-lhe que realmente o Pai Natal é um mito, mas que não faz mal as crianças até determinada altura acreditarem que ele existe, porque ele também contribui para a magia do Natal, e dá presentes, etc, etc.
-Áh, mas eu também sei que os presentes que o Pai Natal deixa no sapatinho são os pais que os põem lá durante a noite. A professora também disse isso. - disse-me ele com um ligeiro ar de arrogância.
- Áh pronto se é assim e já que estás tão bem informado, este ano só me preocupo com o sapatinho da tua irmã.
- Não mãe! Podes pôr na mesma no meu sapatinho que eu não me importo! ( A sério que ele não se importa de receber um presente extra?? Quem diria!).
Óbviamente que as crianças mais tarde ou mais cedo têm de perceber que o Pai Natal não existe, e sei que há muita gente que não alimenta estas fantasias às crianças e cedo dismistifica estas personagens, mas porquê? Qual é o mal de serem felizes e viverem o Natal com esta envolvente mágica que só se tem nesta tenra idade? Porque é que têm de ser adultos se ainda podem ser crianças? Eu acreditei durante muito tempo no Pai Natal e não apanhei nenhum esgotamento nervoso quando finalmente descobri que ele não existia. Fico deprimida é com o preço que os brinquedos custam, isso sim!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Parabéns a você

Hoje a Avessa está de Parabéns.
Pelo menos mais velha um ano estás, quer queiras, quer não. É verdade que com a idade vêm as rugas, os bicos de papagaio, os cabelos brancos, entre outras coisas que não queremos de modo nenhum, mas vem também a serenidade e maturidade necessária para lidar com os novos desafios com que a vida nos surpreende. A idade faz-nos seleccionar os bons momentos da vida e a experiência faz-nos errar menos.
Esta lenga-lenga só serve para te desejar as maiores felicidades do mundo e força para lidar com os 35 .... há quem diga, que é a partir desta idade que nos tornamos verdadeiramente mulheres, esperemos que sim, e boazonas, já agora!!

Aguenta-te aí no trabalho, que eu agora é mais fraldas ... beijos.

sábado, 21 de novembro de 2009

Velha?!!!! Eu????????

Eu sei que não estou a ficar mais nova. Aliás estou a poucos dias de completar 35. Mas 35 ainda não é considerado velho, certo?
Então porque é que raio o meu filho de 6 anos hoje de manhã olhou para mim e me disse que eu estava a ficar velhinha para tomar conta dele e da mana (ainda por cima a acarinhar-me com o "inha") porque já tenho umas rugazitas ao pé dos olhos portanto estou a ficar parecida com a avó, logo VELHA!
Anda uma gaja 9 meses a carregá-los na barriga para depois passar algumas das horas piores da sua vida a pari-los e é assim que eles agradecem???
Velha eu? Recuso-me!!!!!
Nem que tenha de fazer uma plástica!!!!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Já nasceu a pequena C.!

Após longas e dolorosas horas de espera a Pequena da Travessa nasceu hoje durante a tarde de cesariana. Uma morenaça com 3,5Kg, pelo que consta muito parecida com o irmão. E nasceu esfomeada porque agarrou-se à maminha da mãe como se não houvesse amanhã! Está tudo bem com a mamã e a filhota e agora esperemos que estes dias no hospital passem depressa para que a pequena papoila possa vir para a sua casa brincar com o traquina do mano.

E aguardamos...

ansiosamente notícias da Travessa que está em trabalho de parto desde ontem à noite! Vê lá se te despachas a nascer Pequena!!!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Consulta de maternidade

Na Terça-feira passada fui ao Hospital Bissaya Barreto em Coimbra a mais uma consulta de Obstetrícia. Já estou com 38 semanas.
Estas consultas, agora semanais, já incluem o CTG. A avaliar pela experiência com o Pequeno, ainda terei de esperar, pelo menos até às 40 semanas, uma vez que os putos parecem sair ao pai e à mãe, são calões como tudo.
Se a Pequena com 33 semanas tinha um peso previsto de 2.700 Kgs, não sei como poderão os médicos pensar em eu ter um parto normal ... chiça!! O Pequeno foi de cesariana, e pela experiência, seja bem vinda!
Está tudo bem com ela e comigo, terei de esperar, ansiosamente, até que ela ou os médicos queiram que ela nasça.
Eu fui à consulta com o meu pai, uma vez que o Grande ainda está impróprio para andar de carro. Coitado do homem, apanha valentes secas à minha espera e ainda se questiona como a minha mãe teve 5 filhos e não precisou nada disto.

É normal, nestas consultas que os maridos acompanhem as esposas.
Há muitas diferenças entre as consultas num hospital público ou num privado. No hospital público temos uma série de procedimentos que fazem parte da consulta, ou seja, quando chegamos temos de tirar senha e aguardar que nos chamem para irem buscar o nosso processo. Depois, aguardamos que as enfermeiras nos chamem para fazer o xixi no boião (às filas da casa de banho são enormes). Entramos para o gabinete das enfermeiras onde nos medem a tensão, pesam, analisam a urina e dão-nos dicas sobre a gravidez e o bebé. Se não tivermos de fazer ecografia, análises ou ctg, aguardamos pela consulta com a nossa médica. Uma árdua e paciente tarefa.
Por acaso, na última consulta, parti-me a rir, porque estava lá uma grávida que devia ter tudo e mais um par de botas para fazer naquele dia. Coitada, eu só a via correr de um lado para o outro. O "jeitoso" do marido dela, nunca se levantou da cadeira e estava sempre a perguntar "então, falta muito?" e bufava!!
Mas para que raio, vai aquele gajo fazer ali, ainda a stressar a rapariga? Ele é que merecia ter o bebé de parto normal, já agora com uns forceps e ficar todo cozido até ao rabo.

Rebuçados

No fim-de-semana passado, a minha sogra deu um saco de rebuçados ao Pequeno. O gajo, guloso como é, queria comê-los de uma só vez. Oferecia e comia sempre mais um. Ontem, já o saco estava quase vazio, foi repreendido por mim e pelo pai, para deixar de comer rebuçados, ao que ele responde:

Pequeno: se eu comer muitos rebuçados, fico muito grande e forte.
Eu: Não, filho! Se beberes leitinho, se comeres carne, peixe e legumes, ficas grande e forte. Se comeres rebuçados ficas gordo e sem dentes.
Pequeno: Sem dentes como o avô?
Eu: Sim.

Ele solta uma valente gargalhada, a transmitir-me que percebeu a ideia.

domingo, 8 de novembro de 2009

Sons corporais e afins...

Há uns dias estava eu a meter a conversa em dia com o T. enquanto aguardávamos na sala de espera no centro de fisioterapia, e eu a perguntar-lhe coisas sobre a escola, o que é que já tinham aprendido no Inglês, na Música etc.
Ele explicou-me muito contente que na Música até tinha aprendido sons corporais e demonstrou-me estalando dedos, batendo com as mãos nas pernas, no peito e sons com a língua.
Dois minutos passados perguntou-me se os "pôs" também podiam ser considerados sons corporais!
Respondi-lhe que era melhor não experimentar! Que no mínimo não era um som agradável além de cheirarem mal!

Ontem ao fazer os trabalhos de casa tinha um campo em que tinha figuras e por baixo tinha de escrever o nome delas. Entre elas estava uma daquelas panelas de ferro antigas com três pés que se punham na lareira. Perguntei-lhe como se chamava e ele disse-me que achava que era paneleiro. Eu disse que não, que deve ser um pote ( até porque não queria arriscar que ele fosse gozado na aula) e pote ficou...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Hoje o meu Pequeno ...

não queria ficar na escola, novamente.
Há duas semanas houve uma mudança de professora (a professora que ele adorava e que já estava com ele desde o ano passado concorreu para o público e entrou - desejo-se muita sorte e só lhe tenho a agradecer o carinho que sempre deu ao meu menino).

A adaptação à nova professora não foi fácil, chegou mesmo ao ponto de se estender no chão a fazer birra. Eu e o Grande tivemos uma conversa "séria" com ele e prometeu não fazer novamente. Estava a correr muito bem, mesmo porque eu até acho que ele gosta da professora nova, até hoje. Não percebo o que se passou, hoje acordou muito chato e cheio de birrinhas parvas, que me custam aturar logo de manhã.

Eu estou a gostar muito da nova professora. Ela estava a receber outros meninos e mesmo assim arranjou uma estratégia para convencer o Pequeno a ficar na escola. Disse-me para entrar na sala e mostrar aos outros meninos a minha "big" barriga e pediu ao Pequeno que dissesse o nome da mana. Perante isto os outros miúdos estavam de boca aberta a ouvir e muito interessados em analisar a minha barriga, com a promessa que eu iria lá mostrar o bebé quando nascesse.
Achei muito giro a ideia da professora.
O Pequeno, ainda assim, queria vir comigo. Só ficou convencido quando a professora lhe disse que iam fazer desenhos para dar à Pequena.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Perfume

Hoje, ao prepara-me para vir trabalhar, enquanto punha o meu perfume, o Pequeno pergunta:
Pequeno: posso cheirar o teu perfume?
Eu: Podes. Cheira a tampinha.
Pequeno: Oh mãe, cheira a ti!